A internet surgiu a partir de
pesquisas militares no auge da Guerra Fria. Na década de 1960 (1969),
quando dois blocos ideológicos e politicamente antagônicos exerciam enorme
controle e influência no mundo, qualquer mecanismo, qualquer inovação, qualquer
ferramenta nova poderia contribuir nessa disputa liderada pela União Soviética e
pelos Estados Unidos: as duas superpotências
compreendiam a eficácia e necessidade absoluta dos meios de comunicação.
A ARPANET funcionava através de um
sistema conhecido como chaveamento de pacotes, que é um sistema de
transmissão de dados em rede de computadores no qual as informações são
divididas em pequenos pacotes, que por sua vez contém trecho dos dados, o
endereço do destinatário e informações que permitiam a remontagem da mensagem
original.
Dividiu-se então este sistema em dois grupos, a MILNET, que
possuía as localidades militares e a nova ARPANET, que possuía as localidades
não militares. O desenvolvimento da rede, nesse
ambiente mais livre, pôde então acontecer. Não
só os pesquisadores como também os alunos e os amigos dos alunos, tiveram acesso
aos estudos já empreendidos e somaram esforços para aperfeiçoá-los. Houve
uma época nos Estados Unidos em que sequer se cogitava a possibilidade de
comprar computadores prontos, já que a diversão estava em montá-los.
A mesma lógica se deu com a Internet. Jovens da
contracultura, ideologicamente engajados em uma utopia de difusão da informação,
contribuíram decisivamente para a formação da Internet como hoje é conhecida.
Um sistema técnico denominado
Protocolo de Internet (Internet Protocol) permitia que o tráfego de informações
fosse encaminhado de uma rede para outra. Todas as redes conectadas pelo
endereço IP na Internet comunicam-se para que todas possam trocar mensagens.
Através da National Science Foundation, o governo norte-americano investiu na
criação de backbones (que significa espinha dorsal, em
português), que são poderosos computadores conectados por linhas que tem a
capacidade de dar vazão a grandes fluxos de dados, como canais de fibra óptica,
elos de satélite e elos de transmissão por rádio. Além desses backbones, existem
os criados por empresas particulares. A elas são conectadas redes menores, de
forma mais ou menos anárquica. É basicamente isto que consiste a Internet, que
não tem um dono específico.
Um exemplo de um computador servidor:
A empresa norte-americana Netscape
criou o protocolo HTTPS (HyperText Transfer Protocol Secure), possibilitando o
envio de dados criptografados para transações comercias pela internet.
Por fim, vale destacar que já em 1992, o então senador Al
Gore, já falava na Superhighway of Information. Essa "super-estrada da
informação" tinha como unidade básica de funcionamento
a troca, compartilhamento e fluxo contínuo de informações pelos quatro
cantos do mundo através de uma rede mundial, a Internet.
O que se pode notar é que o interesse mundial aliado ao
interesse comercial, que evidentemente observava o potencial financeiro e
rentável daquela "novidade", proporcionou o boom (explosão) e a popularização da
Internet na década de 1990. Até 2003, cerca de mais de
600 milhões de pessoas estavam conectadas à rede. Segundo a Internet
World Estatistics, em junho de 2007 este número se aproxima de 1 bilhão e 234
milhões de usuários.
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